Relatórios recentes mostraram o aumento da popularidade da tecnologia gerada pela Inteligência Artificial (IA), o que poderia representar um desafio significativo para as exchanges de criptomoedas e a comunidade na batalha interminável contra fraudes e atividades ilícitas. As IDs geradas por IA podem contornar os processos de verificação de trocas? Um site clandestino chamado OnlyFake ganhou popularidade por seus serviços de identidade falsa gerados por IA realistas. O site, conforme relatado pela 404 Media, afirma usar “redes neurais” para gerar fotos convincentes de identidades falsas por US$ 15. A investigação liderada por Joseph Cox, co-fundador da 404 Media, detalha o processo de criação desses documentos falsos. A criação da identificação falsa é feita em minutos, e o serviço oferece uma variedade de documentos para escolher, incluindo passaportes e carteiras de motorista. Como mostra o relatório, o painel de geração oferece opções de personalização, pois o usuário pode preencher as informações com os dados que deseja fornecer e também tem a opção de randomizá-lo com um botão. Ele também oferece a possibilidade de escolher entre um conjunto de imagens do site se o usuário não quiser fazer o upload de sua imagem. O site afirma “usar ‘geradores’ que criam até 20.000 documentos por dia. O proprietário do serviço, que usa o pseudônimo “John Wick”, disse à 404 Media que usar seu site para forjar documentos é proibido, mas também disse que “centenas de documentos podem ser gerados de uma só vez usando dados de uma tabela do Excel”. Apesar das alegações de “redes neurais”, a investigação não mostrou evidências de ferramentas de IA gerativas usadas na criação de documentos falsos. Além disso, “Wick” afirmou que o serviço poderia contornar o processo de verificação de várias plataformas, incluindo as exchanges de criptomoedas: Binance, Revolut, Wise, Kraken, Bybit, Payoneer, Huobi, Airbnb, OKX e Coinbase. Cox verificou essa afirmação criando um passaporte britânico falso e tentando criar uma conta no OKX, que anteriormente estava sob os holofotes por atividades ilegais de usuários. O jornalista se concentrou em testar o recurso de reconhecimento de documentos da exchange e não tanto o recurso de selfie, pois ele usou sua foto para o teste.