O maior minerador público de criptomoedas da América do Norte fez da expansão global uma parte de sua estratégia. Enquanto a Marathon Digital, com sede na Flórida, já se ramificou nos Emirados Árabes Unidos e no Paraguai nos últimos meses, também tem o olho em um continente que vê um influxo de mineradores. “Estamos olhando para a África”, disse Charlie Schumacher, vice-presidente de comunicações corporativas da Marathon Digital. “Acreditamos que a mineração de bitcoin é, entre outras coisas, uma solução tecnológica para o setor de energia, e a África pode ser um ótimo lugar para provar essa tese”. A Etiópia tem visto um aumento no fluxo de mineiros recentemente, à medida que as empresas do segmento buscam energia de baixo custo e clima ideal, informou a Bloomberg. Tornou-se o lar de empresas chinesas, por exemplo, que foram forçadas a deixar de operar em seu país de origem após uma proibição de mineração de criptomoedas em 2021. Certos países africanos ficaram presos ou não utilizaram o poder, disse Schumacher à Blockworks. “Se pudermos conectar mineradores de bitcoin a essas fontes de energia, então podemos aumentar a lucratividade dessas fontes de energia e garantir que elas permaneçam on-line para as pessoas que precisam delas”, disse ele. “Em todo o continente, também há uma necessidade de mais energia”, acrescentou Schumacher. “Os mineradores de Bitcoin podem incentivar a construção de mais energia em todo o continente, servindo como o primeiro cliente para novos projetos de energia”. A Marathon Digital, que tem operações nos EUA no Texas, Nebraska e Dakota do Norte, aumentou sua taxa de hash em janeiro para 26,4 exahashes por segundo (EH/s), um aumento de 7% em relação ao mês anterior. No ano passado, a empresa expandiu para os Emirados Árabes Unidos através de uma joint venture com a FS Innovation.